A história de Ana

  Hoje iremos falas sobre a história de Ana, essa mulher que tanto ouvimos as pessoas pregarem.

  Iremos refletir e meditar naquilo que ela viveu em sua vida, por que muitas vezes lemos a bíblia, mas esquecemos que ela esta falando de pessoas que realmente existiram, e que elas viveram e venceram as provações que enfrentaram, e por isso é possível vencermos também.

Quem foi Ana

  A histótia de Ana se inicia em 1Samuel, relatando sobre seu esposo Elcana. Ele vivia junto com Ana e sua segunda esposa Penina, numa região montanhosa chamada Ramataim-Zofim que ficava em Efraim.

  A bíblia nos relata que Ana não podia ter filho pois o Senhor havia cerrado sua madre (impedido ela de ter filhos) 1Samuel 1:5, mas mesmo assim seu marido a amava mas do que a Penina, e quando ia oferecer o seu sacrifício dava a Ela uma porção dupla.

  Mas mesmo com o agrado de seu marido, isso não era suficiente, pois constantemente Penina, segundo a bíblia ‘sua rival’, a provocava por sua situação de forma que toda vez que subiam à casa do Senhor ela chorava e não comia nada.

O choro por um filho

Algum tempo se passou até que um dia Ana decidiu tomar uma atitude diferente, ela se levantou, e com o seu coração angustiado orou ao Senhor dizendo:

“Ó Senhor dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados”

    Vemos aqui que ela estava fazendo uma promessa de santificar o seu filho perante ao Senhor, ou seja, ela estava planejando separa-lo para faze-lo estar na presença de Deus pelo resto de sua vida.

  Aí você se pergunta: “Como pode uma mãe desesperada por um filho estar lamentando por ele, e simplesmente aceitar entrega-lo ao Senhor pelo resto de sua vida?”

  Na verdade, o que Ana estava fazendo era uma entrega de adoração, ela estava entregando ao Senhor a primícia de sua benção, ela estava entregando a Deus sua gratidão perante o seu altar.

Em (Êxodo 13:1-3) nos diz que o Senhor antes do povo sair da terra do Egito lhes dá uma lei, essa lei exigia que todo o primogênito dos filhos dos Hebreus fosse entregue ao Senhor (Santificados). Essa lei tinha como propósito uma coisa: Toda vez que o filho que foi santificado perguntasse aos pais por que daquilo, os pais deveriam lhe contar que o Senhor com mão forte os tirou do Egito e que matou os primogênitos dos Egípcios.

  Perceba que isso é um sinal de agradecimento e uma forma de passar o que Deus fez de geração em geração, para que a ingratidão não tomasse conta do povo.

  Não necessariamente o que Ana estava fazendo era seguir essa lei, mas aquilo que ela fez foi um ato em seu coração de adorar ao Senhor pelo que ele havia de fazer, mostrando que não era só um pedido interesseiro, mas uma verdadeira adoração.

  Isso nos ensina uma coisa: “Quanta das vezes queremos algo da parte de Deus, e pedimos constantemente, porém nosso coração está fixo em nossos próprios ganhos, no nosso orgulho e vaidade, e se esquecemos que o que Deus quer é aqueles que o adorem em espírito e em verdade, não aqueles que têm o sapato do ano ou coisa semelhante (João 4:23-24).

O caráter de Ana

  Logo em seguida a palavra nos descreve que o que Ana estava orando era tão profundo, que ela estava chorando perante a presença de Deus, mas de sua boca não saia palavra nenhuma, somente os seus lábios se mexiam.

  Por isso o sacerdote Eli pensou que ela estivesse embriagada e disse para ela que se apertasse do vinho. Mas ela lhe respondeu que não era como as filhas de belial (povo idólatra) e que ali só estava derramando o sua alma perante o Senhor.

  Algo que eu noto ao ler essa passagem é que Ana era uma mulher correta perante os olhos de Deus, que por mais que ela não tinha aquilo que gostaria, ela não vivia constantemente negando a Deus como as terras pagãs.

    Então ela tomou o seu caminho e foi embora para que pudesse comer, e o seu rosto não mais estava triste, mas agora a alegria do Senhor habitava em seu coração.

  Creio que ali ela recebeu algo que ela nunca havia recebido, uma alegria não falsa, mas que vinha do grande amor de Deus.

Samuel nasce 

  Na manhã seguinte Elcana e sua família adoraram ao Senhor, e depois voltaram para suas casas. Após Ana e seu marido terem relações, o Senhor se lembrou dela e ela engravidou.

  Quando Samuel nasceu Ana manteve a sua palavra, e quando seu marido e toda a sua família foram adorar ao Senhor como de costume, ela não foi, pois quando o menino desmamasse ela o levaria ao templo, e ali ele ficaria para sempre.

O Cântico de agradecimento 

  Depois de deixar Samuel no templo o Senhor abençoou Ana com mais 6 filhos (1Samuel 2:5), então no capítulo 2 ela cantou Senhor um Cântico de Alegria, o louvando por sua reviravolta e por ter a abençoado.

  Quando lemos isso logo vemos o quanto valeu o que Ana passou, mas esquecemos que isso foi uma história real, que ela não sabia do final da sua vida, e nem do que o Senhor havia de fazer, mas preferiu colocar a sua dor sobre o Senhor, e descansar em sua presença. Talvez o que o Senhor quisesse que Ana aprendesse era que mesmo que ela não entendesse o por que de sua situação, o seu papel não era questionar, e sim adorar.

O que aprendemos

Nós aprendemos hoje como a mão do Senhor trabalha mesmo em meio aos problemas, que por mais que possamos não compreender, Ele nos ama e tudo que fará será para o nosso bem (Romanos 8:28).

  Aquele tempo serviu para amadurecer Ana, e dar a ela a capacidade não só de ser uma excelente mãe, mas de ser uma verdadeira adoradora. 

  E é isso que o Senhor quer de nós, que não sejamos só pidões que buscam a Ele quando tem alguma necessidade, Deus não é nosso empregado, mas nos presenteia pelo seu amor.

  Eu convido você a fazer uma oração de gratidão, de louvor ao Senhor, de expressar o seu amor por ele, não por interesse, mas por que sabe que ainda sem merecer ele ama e cuida de você.

“Deus procura verdadeiros adoradores que o adoram não por interesse, mas porque o amam em espírito e em verdade.”

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