Emocionalismo dentro das igrejas
Hoje vamos falar de um tópico sensível, mas extremamente necessário para os nossos dias, em que o emocionalismo tem invadido muitas igrejas.
Espero que essa leitura desperte em você uma sede pela real presença de Deus e que ela impacte as nossas vidas. Boa leitura.
Superficialismo
Há cada vez mais pessoas carentes e anêmicas espiritualmente dentro das igrejas, que procuram o alimento para suas almas de forma errada.
Se contentam em viver uma vida superficial, na qual a relação com Deus é somente quando precisam de algo. Não o conhecem e não se esforçam em conhecê-lo.
Por isso, suas profundidade são tão rasas que elas precisam de uma justificativa para dizer que aonde chegaram é suficiente e que suas conexões são absurdas e profundas com Cristo. Quando tudo o que há é um vazio formado pelo ego e pelo desejo de se satisfazer com prazeres momentâneos.
Medindo a palavra por nossa régua
Um outro problema que tem sido recorrente em nossas igrejas é o fato de o culto ou a pregação não ser mais medida pela régua da palavra, mas sim pela quantidade de malabarismo ou gritos que são dados.
Eu concordo e amo a manifestação do Espírito e creio totalmente naquilo que ele pode fazer e de como pode agir visivelmente conectando o espiritual ao terreno.
Mas não podemos simplesmente ditar como Deus deve se manifestar em um culto que é dado a Ele, nem dizer que um culto ao qual ninguém pulou ou gritou não foi um culto bom.
Deus tem diversas formas de se manifestar; basta passearmos um pouco na Bíblia e iremos perceber isso.
Aprendendo a ter sensibilidade
Em 1Reis 19:12-21, vemos Elias, homem de Deus, logo após uma vitória em uma batalha gigante, na qual Deus, para sua glória, consumiu um holocausto com fogo vindo do céu.
Supostamente ele deveria estar confiante e pronto para outra batalha, mas em um momento em que pensou estar só, ele sentiu medo e por isso decidiu fugir e se esconder.
Deus foi de encontro a ele em uma caverna, e por duas vezes enviou um anjo para o alimentar, pois longa seria a caminhada.
Após a sua chegada no monte Sinai, ele entrou em outra caverna. Deus perguntou a ele o que estava fazendo ali, que por sua vez respondeu que estava sozinho mesmo servindo o Senhor por toda a sua vida.
Deus o ordenou que ficasse no alto do monte e ali veio um vento muito forte, em seguida um terremoto, depois um fogo, mas o Senhor não estava em nenhum deles.
Depois disso tudo ele ouviu um sussurro calmo e suave, e ali Deus falou com ele.
Talvez naquele momento Deus queria levar Elias a um nível mais profundo. Mostrando que Ele não é só Deus quando faz fogo cair do céu, ou quando abre o mar, ou quando abre a terra, mas que também quando ele chorava e pedia por socorro, Ele mesmo sabia vir com calma e o abraçar.
Deus não irá fazer aquilo que o seu capricho espera dele, mas fará muito melhor. Mas primeiro precisamos acreditar e confiar nos mínimos detalhes. Assim como os discípulos aprenderam nesse dia a confiar que, se Jesus tinha ordenado que do outro lado eles chegariam, ele assim faria (Marcos 4:35-41).
O cuidado com o que estou comendo
Em uma era em que somos bombardeados com informações e opiniões de uma forma tão rápida, nos faz pensar: estou sendo alimentado por palavras de verdade ou falsas?
Hoje em dia todo mundo tem uma opinião formada pra tudo, até com o que realmente não é da nossa conta. Cada um tem o seu argumento e sua forma de persuadir pessoas mais fracas.
Mas nós, como cristãos, temos que analisar se realmente aquele pastor da Internet está falando a verdade, se realmente aquilo vai a favor da palavra de Deus.
Pois quem não sabe o que come, come qualquer coisa como se estivesse comendo algo bom.
Temos visto de formas descontroladas tantos que se intitulam “profetas, levitas e apóstolos” pregar algo fácil, um evangelho moldado aos amantes de si mesmos que acaba levando muitos a algo diferente daquilo que Jesus pregou.
Mas se estamos fixados em Deus e permanecemos nele, então Ele nos dá discernimento para que possamos compreender aquilo que vem ou não dele.
Guiando a ovelha à sabedoria genuína
Há pastores hoje em dia que não procuram a profundidade com Cristo em sua palavra. E por isso as suas ovelhas vão aos poucos morrendo, como uma ovelha sem pastor (Mateus 9:36-38).
É necessário guiar aqueles que Deus colocou em suas mãos a um lugar de arrependimento e amor a Jesus. E assim como um filho que é criado no caminho certo dificilmente se desvia, será assim com suas ovelhas.
Aqueles que são alimentados em casa dificilmente procuram alimento em outros lugares.
A glorificação do Filho de Deus
Uma coisa que também não pode faltar no culto é a glorificação de Jesus.
Há igrejas que pregam sobre tudo, menos sobre Jesus. É como uma frase que ouvi em um louvor:
“Todo mundo quer falar o nome Deus, mas ninguém quer falar o nome Jesus.”
Nós precisamos entender o sentido de estarmos na igreja, porque, se não, é somente mais um compromisso da semana.
Se estamos diante da presença de Deus e viemos oferecer o nosso culto racional, então é necessário entendermos quem somos e quem Jesus é. Para que assim tudo que for feito seja feito para glória de Cristo e não dos homens.
Conclusão
Bom, usando tudo isso pela clareza da palavra, podemos compreender o sentido de estarmos na igreja. E não mais tolerar falsos ensinamentos e pregações focadas no homem.
Se não houvesse quem acreditasse, seria muito mais difícil que falsos ensinos e falsos mestres tomassem lugar nos púlpitos ou em nossas mentes.
Que possamos orar e esclarecer o nosso entendimento diante da palavra de Deus e não
Não sejamos enganados por pulos ou um falso “espiritualismo”.
Veja nosso último post: O verdadeiro cristão